quinta-feira, 14 de novembro de 2013

HPV? - Você Conhece?

O HPV (Papilomavírus Humano), nome genético de um grupo que engloba mais de 100 tipos diferentes, dos quais 40 são considerados oncogênicos. Pode provocar formação de verrugas na pele e nas regiões orais (boca, corda vocal, lábios, etc.), alguns deles podendo causar câncer, principalmente no colo do útero e do ânus. Conhecido popularmente por verruga genital ou crista de galo, é uma doença sexualmente transmissível (DST). "Uma vez no corpo de uma pessoa, ele tanto pode ser eliminado naturalmente quanto evoluir para uma doença grave, como um câncer. Embora os principais cânceres associados ao HPV sejam os ginecológicos, como o de colo do útero, o vírus pode desencadear outros tipos da doença. “Hoje, sabemos que há outros cânceres associados ao HPV, entre eles o de ânus, de próstata e até de pele. Mas o que nos têm chamado atenção são os cânceres que ocorrem na região da cabeça e pescoço, incluindo os da cavidade oral”, disse em 2012 ao site de VEJA o médico Henrique Olival, vice-coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do HPV."


Transmissão do HPV  (Papiloma Vírus Humano)



A transmissão se dá principalmente por via sexual (regiões genitais, ânus e também sexo oral), mas existe a possibilidade de transmissão vertical (mãe/feto), de auto-inoculação e de inoculação através de objetos que alberguem o HPV.




Como Reconhecer a Doença


Em homens deviso a forma anatômica de seus órgãos sexuais é facilmente reconhecida. Já nas mulheres, elas podem se espalhar por todo trato genital e alcançar o colo do útero, sendo que na maior parte dos casos, só por exames especializados como o Papanicolaou (teste de rotina para controle ginecológico), a Colposcopia e outros mais sofisticados como Hibridização In Situ, PCR (Reação da Cadeia de Polimerase) e Captura Híbrida. 




Sintomas


O HPV pode ficar no organismo durante anos de maneira latente (forma adormecida sem manifestação) ou podem provocar verrugas com aspecto parecido ao de uma pequena couve-flor na pele e nas mucosas. Se a alteração nas genitais forem discretas, somente através de exames específicos. Se forem mais graves, as células infectadas pelo vírus podem perder os controles naturais sobre o processo de multiplicação, invadir tecidos vizinhos e formarem tumores malignos como câncer do colo do útero, vagina, vulva, pênis, ânus e orofaringe, bem como a papilomatose respiratória recorrente (PRR).




Tratamento



O vírus do HPV pode ser eliminado espontaneamente, sem que a pessoa sequer saiba que estava infectada. Uma vez feito o diagnóstico, porém, o tratamento pode ser clínico (com medicamentos) ou cirúrgico: cauterização química, eletrocauterização, crioterapia, laser ou cirurgia convencional em casos de câncer instalado.





Outras Consequências


Alguns tipos de HPV, têm sido relacionados a outros tipos de pré-cânceres e cânceres. Entre eles estão o câncer de vagina , que demora anos para se desenvolver, o câncer de vulva (parte externa dos genitais femininos que envolve a abertura da vagina). A infecção por HPV pode ainda causar em homens e mulheres o câncer de anus, que pode ter início tanto na parte interna quanto externa. Outro tipo de câncer que pode afetar portadores do vírus é o de orofaringe.




Dados Epidemiológicos do HPV


No mundo, os HPV's causam cerca de 250.000 mortes por câncer de colo do útero a cada ano, mais freqüentemente em países em desenvolvimento como o Brasil, configurando-se como um problema de saúde pública.O HPV é altamente contagioso, segundo Luísa Lina Villa, pesquisadora do ICESP, da Faculdade de Medicina da USP e da Santa Casa de São Paulo, onde atualmente coordena o Instituto do HPV. " Em todo mundo cerca de 10% das mulheres tem HPV. Entre elas de 30% a 50% são menores de 25 anos. No Brasil, estima-se que nove a 10 milhões de pessoas sejam portadoras do vírus e que registrem 700 mil novos casos a cada ano. Entre a população sexualmente ativa, estima-se que 80% vão contrair  HPV durante a vida, causando doenças significativas.








O uso do preservativo impede totalmente o contagio do HPV.
-Calcula-se que o uso da camisinha consiga barrar entre 70% e 80% a Transmissão do HPV  e seu uso é sempre recomendável, pois é um método eficaz na prevenção de inúmeras doenças como a AIDS, alguns tipo de hepatite e sífilis.



O HPV pode demorar 20 anos para causar uma doença relaciona.
-Atualmente o HPV leva de dois a oito meses após o contagio para se manifestar, mas podem se passar diversos anos antes do diagnóstico de uma lesão pré-maligna ou maligna. Devido a essa dificuldade de diagnóstico, torna-se impossível determina                 com exatidão em que época e de que maneira o indivíduo foi infectado.




O HPV não pode ser curado.
-Em geral a maioria das infecções por HPV é controlada pelo sistema imune e eliminada naturalmente pelo organismo. Algumas, porém, persistem e podem causar lesões. As melhores formas de prevenir essas infecções são a vacinação preventiva e o uso de preservativo. E importante ressaltar que qualquer lesão causada pelo HPV precisa de acompanhamento médico para tratamento e prevenção de doenças mais graves.



O HPV pode ser transmitido por meio do contatos com toalhas, roupas íntimas e até mesmo pele vaso sanitário.
-Toalhas, roupas e até mesmo superfícies, como assento do vaso sanitário, podem ter o HPV e eventualmente ser uma fonte de infecção pelo vírus. Embora a    contaminação por objetos seja verdadeira, ela deve ser considerada muito mais rara que o contato direto durante a relação sexual.




Vacinação

A vacinação contra o HPV não substitui o exame de prevenção de câncer de colo de útero. Mesmo as mulheres que completaram o esquema de imunização (três doses) devem continuar a realizar o Papanicolaou rotineiramente. Cabe frisar que a vacina não pode ser utilizada para tratar doenças relacionadas ao HPV, como as verrugas genitais ou cânceres do colo do útero, vulva e vaginal. O produto é indicado unicamente para prevenir o contágio pelo HPV TIPOS 6, 11, 16 e 18, e, consequentemente, as doenças relacionadas a eles.

A vacinação é defendida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a principal forma de prevenção  contra o HPV, já que o uso da camisinha ajuda, mas não garante proteção total contra o contagio.


Indicações Aprovadas Pela Anvisa no Brasil





Fonte de pesquisa: 
http://www.incthpv.org.br ( Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia das Doenças Associadas ao Papilomavírus- INCT-HPV )  
http://drauziovarella.com.br ( Site Dr. Drauzio Varella )

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